Rocha rolou morro abaixo, destruindo tudo o que havia pela frente, só parando 200 metros de distância do sopé da montanha, onde abriu uma cratera de cerca de 5 metros de profundidade
GUARATINGA - Um tremor de terra e uma avalanche de grandes proporções --cuja causa ainda não foi identificada-- foram registrados em Guaratinga nos últimos dias, causando medo nas populações de duas regiões do município.

O primeiro evento sísmico foi uma avalanche, que ocorreu na fazenda Cachoeira do Frade, a cerca de 9 quilômetros da cidade. Raios que caíram na fazenda, sobre uma elevação onde havia, no pico, uma pedra, podem ter desestabilizado uma rocha que rolou morro abaixo, destruindo tudo o que havia pela frente, só parando uns 200 metros de distância do sopé da montanha, onde abriu uma cratera de cerca de 5 metros de profundidade numa área do tamanho de um capo de futebol.

O outro evento foi um tremor de terra, ocorrido na madrugada de quarta-feira (14), na área do Parque do Muriqui. De acordo com os moradores da região, dois dias antes desse abalo foram sentidos cerca de 20 pequenos tremores, seguidos do mais forte, registrado por volta das 4 horas da manhã da quarta-feira.

Durante esse tremor, vasilhas que estavam na prateleira da casa do dono da fazenda – cujo nome não foi informado -, caíram no chão. Assustada, a família saiu de casa, só retornando algumas horas depois. Não houve vítimas.

Os abalos foram sentidos também nas imediações do povoado de Monte Alegre, que fica a cerca de 10 quilômetros do que foi considerado epicentro do abalo. Os abalos deixaram os moradores da região assustados, temendo a ocorrência de novos tremores.

Essa foi a primeira vez que ocorreu esse tipo de abalo no município e, coincidentemente, uma semana antes, uma equipe do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de São José dos Campos (SP) esteve no local. Não se sabe o que fizeram.

A secretaria de Meio Ambiente fez contato por telefone com os pesquisadores do INPE –que não estavam mais no município -, entretanto eles informaram que somente realizaram estudos, garantindo que o tremor não tem nenhuma ligação com os trabalhos realizados pela equipe.

Segundo informações extra-oficiais, a cerca de duas décadas, um geólogo que esteve no município afirmou que “futuramente” haveria tremores de terra naquela região. Quem repassou essa informação disse anda que, na época, o geólogo foi chamado de louco.